O texto de hoje mostra que nem sempre o caminho da felicidade é "feliz" durante sua trajetória... Porém, sempre vale a pena ir atrás dela! :)
A Tristeza dói ... Ser FELIZ dói mais ainda!
Viver
dói. E não estamos pensando somente nas dores de dente e nem nas cólicas
renais que nos desafiam a sorrir. Muito menos na artrose que nos retardam a
caminhada. É que sabemos o que está escondido atrás das fotos sorridentes
nas redes sociais, das dificuldades de lidar com sonhos frustrados e do
silêncio pesado de uma noite mal dormida. Sim, é isso que dói.
Vejamos bem.
Começar outra vez não é para os fracos. Sempre haverá críticas e julgamentos
sobre a decisão de quem resolveu mudar mesmo não tendo certeza do que está
fazendo. Mas, precisamos seguir em meio às nossas próprias dores e dúvidas para
assumir a mudança. Somente assim iremos atrás de um futuro, mesmo que incerto,
mas cheio de vida no presente.
Porque da
morte, chegam as nossas desgraças diárias, nas discussões por bobagens, com as
picuinhas de gente competitiva e invejosa. Da morte, bastam as guerras
estúpidas e sem sentido que ocorrem todos os dias, do outro lado do mundo e na
esquina. Chega. Nós escolhemos viver o agora, viver já, o quanto antes de
morrer dia após dia.
E não tem
problema se não sabemos como. Viver é atrever-se. É ser mais que uma pessoa
feita de sonhos e fantasias, mas correr atrás da sorte. É pegar na mão do hoje
para abraçar o amanhã. É questionar o porquê das coisas e escolher o que nos
preenche. Porque procuramos alguém que possamos ver, e não somente um prêmio
para dizermos que temos companhia.
Porém, algumas
vezes o atrevimento demora. Primeiro, porque confiar nos próprios instintos
requer coragem. Como reconhecer que somos estrelas perdidas tentando iluminar a
nossa própria escuridão. Depois, porque ainda temos que encarar o espelho
de nossos próprios medos.
A aflição está
aqui dentro, na incompreensão da morte e na brevidade da vida. Nos romances que
acabam, nas crianças que morrem. Nos lares que despencam com o vendaval da
natureza ou da discórdia. Nas flores que murcham quando não recebem esperança.
Nas doenças crônicas, nos filhos que não nascem e no amor que nunca chega.
É por isso
que, vira e mexe, a tristeza aparece impiedosa, arrastando alicerces e
desfazendo certezas. O sonhado atrevimento fica sem jeito, procurando sentido
nesse mundo que gira rápido demais enquanto a dor não passa, enquanto uma
explicação não aparece.
Deixemos,
pois, a tristeza entrar. Recebendo-a, aprendemos a lidar com ela. Perceba,
a beleza nasce da tristeza. Rubem Alves disse “O pôr do sol é triste
porque nos conta que somos como ele: infinitamente belos em nossas cores,
infinitamente nostálgicos em nosso adeus”. É nos dias silenciosos que
as palavras ganham novos sons, é depois da tempestade que nasce
o arco-íris. A dor nos fortalece para o amor. O nosso e o dos outros.
Que nossas
lágrimas se tornem a bebida de nosso hoje; e que nossas melhores memórias
nos guiem ao depois de amanhã. Que o olhar cuidadoso de nós mesmos
transforme nossa visão de dentro para fora, nos lembrando de que somos capazes,
mesmo com as incertezas que compõem as belezas do dia a dia.
Sejamos o
passarinho que canta em nossa janela amanhecendo a alegria. E que a
lembrança desse canto sempre nos traga a compreensão e o alívio para nossa dor.
“A liberdade é o alimento do amor”.
A tristeza
dói. Ser feliz dói mais ainda. Porque nos atrevemos a sermos livres! - Por Rebeca Bedone
Uma ótima semana para todas! :D
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Arrasou no pensamento e nas palavras! Amei :)
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